quinta-feira, 4 de junho de 2009

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Recicle-se

Hoje cedo vi, na universidade, um rapaz chutando uma lixeira com o maior desprezo, riu e saiu andando normalmente como se aquela tivesse sido uma atitude sã de um cidadão comum.

Como diria Mário Quintana, quantas estrelas há em um lixeiro! Ele não poderia ter expressado melhor. Estrelas...

Ao jogarmos algo fora, pensamos (ou nem pensamos, pois muitas vezes agimos por instinto) que aquilo não vale muita coisa, está velho, quebrado, que simplesmente não precisamos mais. Não percebemos a essência que aquilo tem e nos traz.

Uma garota está na lanchonete, olha para o garoto que gosta, compra um chocolate e dá a ele que desembrulha o bombom, joga o papel no lixo e dá o primeiro beijo da menina. Minha maquiagem quebrou e eu a joguei no lixo. Justo aquela que minha mãe me dera logo após termos discutido. Joguei também aquela casca de banana que fez minha amiga escorregar no dia em que estávamos indo fazer nossa viagem juntas. Me “livrei” do pote de colírio que ajudava toda noite a dormir. Outra certa garota estava na sala de sua casa dividindo um pacote de biscoito com seu pai. Nesse dia tiveram uma conversa com nunca. Logo depois, ela joga o papel do biscoito no lixeiro.

Entre outros fatos, vê-se que coisas marcantes passam despercebidas em nossas vidas. Se nosso ilustre poeta Manuel Bandeira ainda estivesse vivo, talvez conseguisse expressar com mais clareza e simplicidade a pureza de tantas histórias que estão contidas num cesto qualquer.

As vezes deixamos nossas lembranças de lado se importando apenas com a impressão que elas deixaram no momento. Acho fundamental sermos alimentados pelas boas lembranças. Quem sabe assim o homem seria menos frio e o mundo possuísse mais paz.

Vamos carregar, sempre que possível, nossas boas recordações. Não digo para todos guardarem os papéis, vasos quebrados ou cascas de bananas, mas, pelo menos, vamos reciclar nossa ideia a respeito da lixeira. Ninguém precisa sair chutando memórias dos outros.

terça-feira, 7 de abril de 2009

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Não sei se é verdade,
Ou se é apenas rude mentira,
Mas sei que seu deslumbre
Me faz ver-te como miragem,
Incrível, essencial e necessária!




De Daniel para mim.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Amor à segunda vista

Você acredita em amor à primeira vista? Nem eu. Estranha a forma que ele me abordou pela primeira vez. Ele sabia meu nome, quem eu era, o que fazia, das coisas que gostava. Mas eu não dei cabimento, achei aquilo tudo muito louco. Inclusive ele. Tinha todo o jeito que me interessava, nossos gostos eram iguais, nossas idéias se batiam, só que eu não me interessei completamente nele. Aquele podia não ser o nosso tempo. Ou nunca! Iria eu me envolver com um maluco daqueles?! Quem sabe...

Cerca de oito ou nome meses depois eu o reencontro. Nós nos olhamos e algum sentimento diferente nos envolveu, não sabia o que era, só vi que era bom. Fomos conversar e aquilo fluiu de uma forma tão pura, tão doce. Nada mais nos impostava ali, só queríamos nos sentir perto.

E vem o beijo. Começo a sentir aquela pele áspera e ao mesmo tempo tão macia encostar sobre mim e, de repente, aconteceu o que ele mesmo define como “a demonstração de sentimento mais íntima”. Um segundo se tornou uma eternidade. Sentir o cheiro dele, tocá-lo, escutá-lo. Como era lindo tudo o que ele dizia. Percebi que ele estava sentindo algo mais forte do que eu estava.

De repente ele me diz que estava se mudando em dois dias, e fala “porque isso não aconteceu antes? Poderíamos ter vivido tantas coisas juntos e, talvez, eu nem fosse embora”, “eu sempre te quis perto de mim”, “casa comigo, um dia eu voltarei e irei te levar junto de mim”, “mesmo que apareça outro alguém, não esqueça, o nosso amor vai estar acima de tudo e todos”.

Dessa vez não achei loucura. Foi só a segunda vez e o amor já estava lá. Tão rápido e tão intenso.

“Agora eu corro com o vento. Você não pode me ver, me guarde no pensamento”.

sábado, 21 de março de 2009

Teu Bem

Tento ser compreensível
Procuro pensar e dizer que quero o seu melhor
Mesmo que este não me tenha presente
Mas no fundo eu sei
Que mal nenhum nos empata de ficarmos juntos

Aquela que te prende nunca dará o que posso te dar
Amor entrego-te minh'alma
Aquele que te prende nunca dará
Aquela, que não eu.

Um dia ficarás cansado
Da rotina que ela te trás
E da falta de amor, carinho, abraço.
Festas não te completarão
Sentirás falta do amor
O amor que só eu sei te dar

Da grandeza que este tem
Só eu sei
Se quiseres, compartilharei contigo

Quero o teu bem
"Inshalá" que eu esteja nele
Prometo que não te farei sofrer.

segunda-feira, 2 de março de 2009

John Lennon entenderia

Conversa vai, conversa vem. Nunca gostei de cobrar nem induzir nada para que a pessoa se sinta na obrigação de agir. Pra mim tem que acontecer naturalmente. Falar “aquilo” na hora que der na telha, que acontecer. Como os pássaros quando cantam, como o bule apita avisando que o café está pronto, como o nosso estômago se corrói clamando por comida. Naturalmente.

Conversa vai, conversa vem. De repente aquela fome de querer entender o que se passava estava me corroendo, então surge naturalmente “aquela” conversa. E as respostas também vão surgindo nessa ordem. Agora eu entendia, mas só eu entenderia.

Silêncio. O constrangimento do assunto e das verdades ditas invadiu-nos e assumiu o posto. Daí, naturalmente John Lennon entendeu o que estava se passando conosco e falou por ele. “There will be an answer, let it be”. Não achando convincente o bastante o meu amor repetiu o que nosso músico querido dissera, suspirando em meu ouvido: “There Will be an answer, let it be.”

Ok, I will.

domingo, 1 de março de 2009

meu ângulo de 180º

Completamente inverso
Absolutamente oposto
No fim da linha haverá convergência?

Houve.
Completude complemento
Me completou.